sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Xintoísmo

Religião mais antiga existente no Japão. Originalmente, o xintoísmo não tinha nome, doutrinas ou dogmas. Era um conjunto de ritos e mitos que explicavam a origem do mundo, do Japão e da família imperial. Os protagonistas desses mitos eram os Kamis, segundo ensinam, eram deuses ou energias divinas que habitam todas as coisas e sucedem-se por gerações, desde a criação do mundo. Recebeu o nome deXintoísmo (caminho dos deuses) para distinguir-se do Budismo e do Confucionismo, religiões originárias da China.


Segundo os mitos do Xintoísmo, os deuses criaram o Japão e o seu povo. Até os meados do ano 1900, os japoneses adoravam o imperador, como um descendente direto de Amaterasu-Omikami, a deusa do sol e mais importante divindade da religião. Em 1868, o governo japonês, instituiu o Xintoísmo como religião oficial do país. Porém, depois da derrota japonesa na II Guerra Mundial (1939-1945), o imperador Hiroítorenunciou ao caráter divino atribuído à realeza, e a nova Constituição do país passou a defender a liberdade de religião. Contudo, 90% da população japonesa é xintoísta, e os que pertencem a outra religião, permanecem oferecendo sacrifícios devocionais aos deuses e celebrando suas cerimônias e rituais. O símbolo do Xintoísmo é um porta de madeira, chamada de Tori. Todas as entradas dos santuários xintoístas possuem este Tori, que consiste de duas colunas ligadas por duas vigas. As colunas reprentam os alicerces que sustentam o céu, enquanto as vigas simbolizam a terra.

Apesar de não ter uma filosofia elaborada, o Xinstoísmo enfatiza os valores morais e rituais para seus adeptos. Tanto o Budismo, como o Confucionismo foram de grande influência para as bases da religião. As imagens de Buda foram introduzidas nos santuários e templos, e as cerimônias fúnebres budistas são realizadas até o dia de hoje. No ano 1550, os espanhóis e portugueses, introduziram o Cristianismo no Japão, o que representa menos de 1% da população japonesa.

Uma margem de três milhões de pessoas praticam o Xintoísmo tradicional. O número de santuários por todo o país é grandíssimo. Desde um jardim, um templo, uma gruta e até em casa, as pessoas eregem santuários para as divindades. Os adeptos fazem orações e oferecem sacrifícios de bolos e flores aos Kamis. Em certas ocasiões, os sacerdotes realizam rituais de purificação e renovação denominado dematsuri. O culto xintoísta é realizado no templo dos Kamis locais, feito de madeira e, segundo a tradição, reconstruído a cada vinte anos. Nas festas religiosas, uma estátua do Kami ou um emblema que o simboliza é transportado pelas ruas em um andor, chamado de mikoshi.

As crenças, orações e rituais xintoístas foram transmitidas oralmente e copiladas em três volumes, denominados de: Kojiki, concluído em 712 d.C.; Nihongi, concluído em 720 d.C.; e o Yengishiki, concluído no século X. Atualmente, mais de 100 milhões de japoneses têm contato com alguma das treze principais seitas xintoístas. Existem mais de 185 mil sacerdotes e cerca de 80 mil santuários.


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