sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Religião

Esta classificação procura agrupar as religiões com base em critérios geográficos, como a concentração numa determinada região ou o facto de certas religiões terem nascido na mesma região do mundo.

A distribuição atual das religiões não corresponde às suas origens, já que algumas perderam força em suas regiões nativas e ganharam participação em outras partes do planeta, um exemplo básico é o cristianismo, que é minoritário no Oriente Médio (onde surgiu) e majoritário em todo o Ocidente e na Oceania (para onde migrou). Há ainda o caso das religiões greco-romanas que dominaram a Europa por séculos mas hoje são religiões mortas, provavelmente sem nenhum seguidor vivo em todo o planeta.

Embora cada religião apresente elementos próprios, é também possível estabelecer uma série de elementos comuns às várias religiões e que podem permitir uma melhor compreensão do fenômeno religioso.

As religiões possuem grandes narrativas, que explicam o começo do mundo ou que legitimam a sua existência. O exemplo mais conhecido é talvez a narrativa do Génesis na tradição judaica e cristã. Quanto à legitimação da existência e da validade de um sistema religioso, este costuma apelar a uma revelação ou à obtenção de uma sabedoria por parte de um fundador, como sucede no budismo, onde o Buda alcançou a iluminação enquanto meditava debaixo de uma figueira ou no Islão, em que Muhammad recebeu a revelação do Corão de Deus.

As religiões tendem igualmente a sacralizar determinados locais. Os motivos para essa sacralização são variados, podendo estar relacionados com determinado evento na história da religião (por exemplo, a importância do Muro das Lamentações no judaísmo) ou porque a esses locais são associados acontecimentos miraculosos (santuários católicos de Fátima ou de Lourdes) ou porque são marcos de eventos religiosos relacionados à mitologia da própria religião (monumentos megalíticos, como Stonehenge, no caso das religiões pagãs). Na antiga religião grega, os templos não eram locais para a prática religiosa, mas sim locais onde se acreditava que habitava a divindade, sendo por isso sagrados.

As religiões estabelecem que certos períodos temporais são especiais e dedicados a uma interacção com o divino. Esses períodos podem ser anuais, mensais, semanais ou podem mesmo se desenrolar ao longo de um dia. Algumas religiões consideram que certos dias da semana são sagrados (Shabat no judaísmo ou o Domingo no cristianismo), outras marcam esses dias sagrados de acordo com fenômenos da natureza, como as fases da lua, na religião Wicca, em que todo primeiro dia de lua cheia esbat é considerado sagrado. As religiões propõem festas ou períodos de jejum e meditação que se desenvolvem ao longo do ano.
em uma força divina.

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